PC prende dois homens em desdobramento da Operação Juízo Final

A Polícia Civil cumpriu nessa quinta-feira, 28, na cidade de Ribeirópolis, dois mandados de prisão temporária em desfavor de Alisson Santos Silva, vulgo “Salsicha”, e Antônio Noronha Neto, conhecido por “Neto de Noronha”. Os infratores integram o grupo investigado na operação “Juízo Final”.

De acordo com levantamentos policiais, os presos fazem parte do grupo que possuía 28 mandados de prisões, dos quais 16 foram cumpridos na operação “Juízo Final”, que foi deflagrada ao amanhecer dia 22 de fevereiro.

Com estes dois presos, somam-se 18 mandados já cumpridos. As diligências continuam no intuito de dar seguimento às investigações, fechando o cerco contra o restante da quadrilha.

Juízo Final

A operação, organizada pela Delegacia de Ribeirópolis, se deu por conta de investigações que tiveram início há quase um ano e apuram a prática de tráfico de entorpecentes e pistolagem na localidade, mas com ramificações em outros municípios, a exemplo de Nossa Senhora Aparecida e Itabaiana. Além de detenções no Agreste, também ocorreu uma prisão na cidade alagoana de Pilar.

Polícia Civil prende grupo suspeito de sequestrar e executar farmacêutico no Sertão Sergipano

A Polícia Civil de Sergipe apresentou na manhã desta sexta-feira, 1º, o resultado das investigações que elucidaram o homicídio do farmacêutico John Michel Brito de Almeida. Segundo a Coordenadoria da Polícia Civil no Interior (Copci), a vítima foi sequestrada, torturada e executada na madrugada do dia 29 de novembro do ano passado, na cidade de Poço Redondo, e o corpo abandonado em um lixão do município de Monte Alegre. Três suspeitos do crime foram presos em Sergipe e no Paraná.

Durante a coletiva à imprensa realizada nesta manhã, o delegado Fábio Pereira, da Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Copci), que presidiu o inquérito, detalhou a motivação do crime e as circunstâncias em que ocorreram as prisões de Edilson Marques da Silva [detido em Pinhais, no Paraná], Hionas Feitosa dos Santos e Bernardino Carvalho de Oliveira

[presos no povoado Santa Rosa do Hermírio, em Poço Redondo]

, autores do homicídio.

Segundo o delegado, as investigações iniciaram com a equipe de Nossa Senhora da Glória, que foram encaminhadas para o local e colheram informações sobre os possíveis autores. Na ocasião, foram pleiteadas algumas medidas cautelares pelo Ministério Público, o que facilitou as investigações. A partir daí, a Polícia Civil conseguiu provar que os indivíduos estavam, de fato, no local e no momento em que a vítima foi sequestrada e no mesmo ponto em que o corpo foi desovado.

No decurso das investigações, o caso passou a ser acompanhado pela Copci. De acordo com levantamentos, existem provas técnicas que colocam os suspeitos na cena do crime, pois foi constatado que o principal envolvido no crime estava no mesmo bar que a vítima antes do sequestro. A polícia levantou que, em nenhum momento o autor dirigiu a palavra a Jhon, apenas no momento em que este saiu e logo foi seguido por ele.

A polícia afirma que o ciúme motivou o crime, já que, segundo investigações, Bernardino tinha uma ex-namorada, que conhecia o John Michel Brito de Almeida e também era frequentadora do mesmo bar em que a vítima foi sequestrada. Numa das ocasiões em que a mulher e John frequentaram o bar, eles foram à casa do farmacêutico, com algumas amigas e amigos, onde tiraram fotografias e compartilharam em redes sociais, suscitando a ira de Bernardino.

Nas ouvidas, os acusados negaram a participação no crime, montaram histórias que facilmente foram desmentidas por meio das provas resultadas das investigações. O trio infrator narra versões mentirosas e entra em contradição. Ainda segundo o delegado, no dia do crime, os infratores se reuniram para executar a ação, sequestraram, vendaram a vítima e subtraíram seus pertences, assassinando-a e jogando o seu corpo num lixão. No momento da prisão de Bernardino, também foram encontradas munições de calibre 12 e um rifle.

O delegado Fábio Pereira ressaltou que a elucidação do crime só foi possível graças ao empenho dos policiais envolvidos e ao atendimento célere pelo Ministério Público e Poder judiciário de Monte Alegre, que demandaram autorizações judiciais. A ação contou com o apoio do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol) e da Polícia Civil do Paraná.

Portal da SSP disponibiliza espaço para a publicação de trabalhos científicos

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), através do Núcleo de Análises e Pesquisas em Políticas de Segurança Pública e Cidadania (Napsec), convida os Policiais Militares, Bombeiros Militares, Policiais Civis e todos os profissionais vinculados à Coordenadoria Geral de Perícias (Cogerp) a enviarem seus trabalhos acadêmicos, que tenham afinidade com sua área de atuação, com o sistema de justiça criminal e seus subsistemas policial, de justiça criminal e de execução penal.

Com o objetivo de valorizar, reconhecer, sistematizar e divulgar as produções científicas desenvolvidas pelos servidores sobre temas ligados a Segurança Pública e Sistema de Justiça Criminal, o Napsec está disponibilizando no site da SSP, no campo “Transparência – Estudos de Segurança Pública e Estatística”, um espaço onde os trabalhos como Artigos, Monografias, Dissertações e Teses poderão ser publicados.

A ideia é possibilitar a comunidade acadêmica e o público em geral, que se interesse pela temática, acessibilidade a este conteúdo de forma rápida e fácil, além de reconhecer o alto nível acadêmico e profissional do servidores e sistematizar as produções, que em sua grande maioria estão armazenadas nas mais diversas instituições de ensino superior.

Como fazer a inscrição

Os interessados deverão enviar os trabalhos para o e-mail: napsec@ssp.se.gov.br, observando as seguintes orientações:

1 – O campo “Assunto” deverá informar o tipo de produção (Artigo, Monografia, Dissertação ou Tese) e o ano de defesa/publicação;

2 – O corpo do e-mail deverá conter: Nome completo do servidor, Instituição a que pertence e Título do Trabalho;

3 – Os arquivos deverão ser enviados no formato PDF.

Para maiores informações entrar em contato por meio do e-mail: napsec@ssp.se.gov.br ou pelo telefone do Núcleo de Análises e Pesquisas em Políticas Públicas de Segurança e Cidadania (79) 3216-5417.

Primeiro bimestre de 2019 tem menor número de homicídios desde 2011

O número de homicídios no estado de Sergipe tem reduzido a cada ano. Na manhã desta sexta-feira, 1º de março, a Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (Ceacrim) da Secretaria de Segurança Pública (SSP) divulgou uma atualização das estatísticas. A taxa de homicídios em Sergipe caiu ainda mais no início deste ano. Em 2018, por exemplo, o estado alcançou o menor número dos últimos cinco anos.

O primeiro bimestre de 2019 teve o menor número desde 2011, quando houve um registro de 19 casos a mais. Este ano, a Ceacrim informou que foram registrados 131 homicídios dolosos em Sergipe, uma média de 2,2, sendo 30 na capital sergipana, 20 na Região Metropolitana (14 em Nossa Senhora do Socorro, cinco em São Cristóvão e um na Barra dos Coqueiros) e 81 no interior do estado. Comparando com o mesmo período do ano passado, houve uma redução de 31,8%, 61 casos a menos. Em relação a 2017, os homicídios caíram em 30,3% (57 casos a menos) e, analisando os números de 2016, a redução foi ainda maior: 43,5% (101 casos de diferença). 

Segundo o secretário da SSP/SE, João Eloy de Menezes, o resultado é fruto das ações desenvolvidas pelo governo do Estado na área. “Uma das principais ações implantadas foi o Gabinete de Gestão Operacional – GGO, iniciado em 2016, no qual nos reunimos semanalmente, o Comando da PM, a delegada Geral da Polícia Civil e outros gestores relacionados à área de Segurança, para avaliar os dados coletados pelo Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) e Ceacrim e analisarmos a mancha criminal. Investimos em ações para inibir os focos, o principal são os crimes contra a vida. Essa integração entre as forças de segurança pública é essencial para chegarmos a redução da violência no estado”, afirmou o secretário de segurança pública de Sergipe.

Também foram analisados os números do mês de fevereiro nos anos de 2016, 2017, 2018 e 2019 em todo o Estado. Houve redução comparando os últimos três anos com o atual, que registrou 58 homicídios. No ano passado, foram 90 casos (média de 3,2). Em 2017, 95 casos (média de 3,4). E, em 2016, 117 casos (média de 4,2). Vale ressaltar que na capital sergipana, em fevereiro deste ano, foram registrados 10 casos de homicídios dolosos. Este é o menor número desde agosto de 2011, quando o Ceacrim contabilizou oito casos.

Estatísticas de 2018

O número do ano passado foi o menor desde 2013, quando a média de homicídios foi de 2,4 por dia. Em 2018, até o dia 31 de dezembro foram registrados 945 crimes, o equivalente a uma média de 2,6. Em 2017, foram 1.121 (média de 3,1); em 2016, 1.306 homicídios (média de 3,6); em 2015, 1.196 crimes (média de 3,3); em 2014, foram registrados 999 (média 2,7); e, em 2013, foram 880 (média de 2,4).

Dentre os 365 dias do ano passado, foram registrados 280 homicídios na capital, 183 na Região Metropolitana (sendo 90 em Socorro, 72 em São Cristóvão e 21 na Barra dos Coqueiros), além de 480 no interior do Estado. Apenas dois casos não foram identificados. O número do interior é o menor desde 2016, uma redução de 139 casos, o equivalente a 22,5%. Em comparação com 2017, a queda foi de 9,8%. E entre 2018 e 2015, os números caíram em 21,4%.

Após o período de carnaval, gestores da SSP vão disponiblizar todos números do primeiro bimestre de 2019 

DAGV: Você sabe como proceder e a quem recorrer em casos de violência sexual?

“Quando sofri a tentativa de um estupro, eu não sabia o que fazer. Depois daquilo, criei medo e repulsa ao gesto do toque, ao afago”. Esse é o relato de uma mulher vítima de violência sexual. Hoje, aos 43 anos, essa mulher, que prefere ficar no anonimato, já sabe quais as medidas deveria ter tomado após esse crime.

Segundo os dados da Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal da Secretaria de Segurança Pública (Ceacrim), na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Aracaju (DEAM) foram registrados mais de 15 casos de estupro, apenas em 2018. A dúvida do que fazer após uma situação como essa é normal, mas nesse texto você vai saber o que deve ser feito e qual órgão deve procurar para denunciar esses abusos. 

De acordo com a delegada Renata Aboim, a vítima deve procurar ajuda especializada, onde será acolhida e receberá as orientações de como proceder. “É essencial que a mulher violentada procure uma delegacia Especializada em Atendimento à Mulher ou, caso não tenha uma em sua cidade, busque o Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) ou a Delegacia do município para fazer o registro de ocorrência. Feito o registro, a vítima será orientada a buscar o Instituto Médico Legal (IML), com uma cópia da identidade, a guia emitida na delegacia e o boletim de ocorrência; logo após, a vítima passará pelo acolhimento e em seguida será encaminhada a exames, que constatarão se houve conjunção carnal”, explicou.

A delegada ainda orienta que é importante não tomar banho antes da perícia no IML, para que seja mais fácil a identificação do autor através de vestígios genéticos que possam ter ficado no corpo da vítima. Em alguns casos, a mulher pode ser encaminhada à maternidade Nossa Senhora de Lourdes para que seja feita a coleta de material e exames que possam constatar uma possível gravidez ou vestígios de alguma doença venérea e, se necessário, fazer acompanhamento psicológico.


Vale lembrar que o Instituto Médico Legal funciona em período integral, a vítima pode  comparecer sem agendamento, e em até 24 horas após os casos de violência sexual, não há impossibilidade no atendimento e no resultado.

“O ideal é que a vítima compareça ao IML o mais rápido possível para que sejam feitos os exames e através destes, seja possível identificar vestígios de sêmen. Feito isso, se a mulher estiver em período fértil, será encaminhada para uma maternidade onde fará novos exames e tomará a pílula do dia seguinte e, um coquetel para prevenção de doenças venéreas”, explicou José Aparecido, diretor do Instituto Médico Legal.

Última atualização: 7 de março de 2019 11:26.

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