Companheiros e ex-companheiros são os principais autores de violência doméstica, acendendo alerta para importância da denúncia

Casos devem ser denunciados à Polícia Civil

Na pesquisa “Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil”, do Fórum de Segurança Pública e do Instituto Datafolha, 70% dos casos de violência contra a mulher são praticados pelos próprios companheiros ou ex-companheiros. Em Sergipe, a situação é a mesma, conforme análise das ocorrências registradas pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), vinculada ao Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV).

De acordo com a delegada Lara Schuster, integrante da Deam de Aracaju, vinculada ao DAGV, além dos companheiros figurarem como os principais agressores de mulheres em contexto de violência doméstica e de gênero, há também outras pessoas próximas. “Também são crimes praticados por filhos, sogros, cunhados, ou seja, pessoas que também são do núcleo familiar daquela mulher”, destacou.

Embora os dados divulgados pelo FBSP demonstrem alta nos casos de violência contra a mulher, a delegada Lara Schuster atribui o aumento dos registros à crescente confiança das vítimas na rede de proteção, como a Polícia Civil. “É a confiança das mulheres e a quebra do estigma e da vergonha em procurar ajuda. É um ponto positivo para o fortalecimento do enfrentamento à violência doméstica no Brasil”, avaliou.  

Denúncias

Para combater a violência doméstica e de gênero, é essencial que as vítimas procurem o DAGV ou ainda as Delegacias de Atendimento à Mulher e Demais Grupos Vulneráveis (DAGVs), para o registro do boletim de ocorrência. O registro do fato também pode ser feito pela Delegacia Virtual da Mulher. A comunidade também pode denunciar os crimes às Polícias Militar, pelo telefone 190, e à Polícia Civil, pelo Disque-Denúncia (181).

Última atualização: 11 de março de 2025 15:50.

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