Eventos reuniram especialistas para fortalecer práticas de oitivas e interrogatórios no contexto policial e jurídico brasileiro

Com o objetivo de expandir e qualificar o uso da entrevista investigativa no Brasil, o Laboratório de Ensino e Pesquisa em Cognição e Justiça (CogJus) promoveu três eventos especializados nas cidades de Recife e Florianópolis, em abril. As ações contaram com financiamento do Norwegian Centre for Human Rights (Universidade de Oslo) e do UK-Brazil Global Talent Exchange Scheme.
O projeto contemplou a realização do II Seminário Nacional de Entrevista Investigativa: Ensino e Prática com Base Científica, realizado em Recife (23 e 24 de abril) e Florianópolis (28 e 29 de abril), com foco na capacitação de instrutores das academias de polícia. Esta etapa foi exclusiva para profissionais responsáveis pela formação nas Polícias Civis. Além disso, foi promovido o Seminário Internacional de Entrevista Investigativa: Novas Técnicas para oitivas e interrogatórios, no dia 24 de abril, também em Recife. Este evento teve como público-alvo policiais civis, pesquisadores, especialistas em Psicologia do Testemunho e Ciência Policial, representantes do sistema de justiça e segurança pública, e a comunidade acadêmica interessada em direitos humanos e técnicas policiais.
As iniciativas visam consolidar a implementação e expansão da Entrevista Investigativa no país, disseminando boas práticas internacionais e estabelecendo padrões de avaliação e sustentabilidade da técnica no cenário policial e jurídico brasileiro.
Entre os destaques, o evento contou com a participação de renomados especialistas internacionais, como Rebecca Milne, Susanne Hendrika Flølo e Renan Saraiva, que trouxeram suporte científico e metodológico para a estruturação de treinamentos, além de abordarem estratégias para avaliação de impacto e promoção da sustentabilidade do modelo no Brasil.
Representando Sergipe, os delegados Lorena Rocha, do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) de Nossa Senhora do Socorro, e Tiago Lustosa, da Central de Flagrantes – ambos professores da disciplina Entrevista Investigativa, na Academia de Polícia Civil (Acadepol) -, participaram das atividades, trazendo para o estado conhecimentos atualizados e alinhados às melhores práticas internacionais de investigação. A presença dos delegados reforça o compromisso da Secretaria da Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE) com a qualificação contínua dos seus profissionais e a modernização das técnicas de apuração de crimes.





