Por Rosana Freitas, coordenadora das delegacias da capital

A Polícia Civil de Sergipe tem vivenciado perdas irreparáveis. A mais recente, do nosso estimado delegado Marcelo Hercos. Marcelo trilhou seu caminho com honra, com abnegação, com comprometimento. E diferente não foi sua partida, lutando bravamente pela vida. Alguns o criticaram pela atuação em uma situação de risco, em que estava em desvantagem.
O fato é que nós, policiais, convivemos constantemente com os riscos, estamos muitas vezes em desvantagem e somos criticados tanto pelo que fazemos, como pelo que não fazemos. Somos criticados quando agimos e quando deixamos de agir. Mas isso não nos impede de continuar.
Seguimos nossos caminhos, inspirados em nossos instintos, em nossas convicções, e impulsionados por nossa missão de defender a sociedade. Isso é o que nos fortalece, enquanto profissionais e enquanto pessoas. Marcelo agiu, seguiu seus instintos, assim como o fez em inúmeras outras situações ao longo de sua breve jornada.

Assim como fazemos todos nós, policiais, dia após dia. Em regra esses pequenos atos heroicos passam despercebidos, ficam no anonimato. Dessa vez não. Dessa vez o silencioso heroísmo de todos os dias foi rompido pela tragédia de mais uma vida perdida. Que a partida prematura de nosso colega reacenda em nossos corações a certeza constante de que, dia após dia, mesmo diante de tantas dificuldades, de tantas críticas, cumprimos dignamente nosso dever, nossa missão, com honra e glória. Assim foi com Marcelo. Assim continuará sendo com os que seguem na caminhada.





