Além dos entorpecentes, também foram incinerados RGs falsos

O Departamento de Narcóticos (Denarc), em conjunto com a Polícia Científica de Sergipe, realizou nesta quinta-feira a incineração de mais de 3 toneladas de drogas apreendidas ao longo do ano de 2025. As equipes saíram de Aracaju e se deslocaram até a fábrica de cimento Mizu, no município de Pacatuba, onde todo o material ilícito foi destruído, seguindo rigorosos protocolos de segurança.
Na ocasião, a Polícia Científica também levou cédulas antigas de RGs. “A Polícia Científica está participando deste processo de incineração, juntamente ao Denarc, através do Instituto de Identificação, trazendo mais de 500 mil cédulas de RGs antigos e, dentre esses, um quantitativo de RGs falsos”, citou o perito Pablo Nascimento.
“A Polícia Científica tem atuado, através dos nossos papiloscopistas do Instituto de Identificação, recolhendo os antigos RGs e emitindo a nova CIN (Carteira de Identidade Nacional), evitando possíveis fraudes e demais condutas delituosas por parte de alguns indivíduos”, completou Pablo.
A ação realizada nesta quinta é resultado direto do trabalho integrado entre as forças de segurança que atuam no estado. O esforço envolve tanto instituições estaduais quanto órgãos federais, refletindo a prioridade no enfrentamento ao tráfico de drogas e no fortalecimento das operações que fragilizam financeiramente organizações criminosas.
O diretor do Denarc, delegado Ataíde Alves, destacou a importância da medida. “A incineração é uma etapa fundamental do nosso trabalho, porque representa o fim do ciclo da droga apreendida e reforça o compromisso do Denarc em atuar de forma rigorosa e contínua no combate ao tráfico em Sergipe”, afirmou.
Ainda segundo o Denarc, o material entorpecente incinerado hoje superou a quantidade de 3 toneladas. “Nós tivemos hoje a incineração de 3.300 quilos de drogas diversas: maconha, cocaína, skunk, flor da maconha, drogas sintéticas e crack”, falou Ataíde.
A Polícia Científica esteve in loco com os RGs, mas o órgão também desempenha papel essencial nesse processo do descarte das drogas. Cabe aos peritos receber o suposto entorpecente apreendido, realizar os exames necessários para confirmar que se trata de substâncias ilícitas e proceder à devida contabilização, garantindo transparência e precisão em todas as etapas.
Mais de R$ 30 milhões em prejuízo ao crime organizado
No total, os entorpecentes incinerados ultrapassam a marca de R$ 30 milhões, valor que evidencia o impacto financeiro causado às organizações criminosas que operam no estado de Sergipe. A destruição desse material é mais um passo na estratégia conjunta de enfraquecimento estrutural e econômico dessas quadrilhas.









