Polícia Civil de SE participa de seminário sobre Cibersegurança e Ciberespaço na China

O curso contou com cinco delegados brasileiros e presença de várias delegações da América Latina


O diretor da Central de Flagrantes, delegado Gabriel Nogueira, foi o representante da Polícia Civil em um seminário sobre cibersegurança e ciberespaço realizado na China entre os dias 8 a 22 de maio. Na oportunidade, além das diversas instruções recebidas sobre temáticas do evento, participou de visitas técnicas a universidades, centro de cibersegurança, além de empresas de tecnologia e de segurança digital, em missão organizada e custeada pela embaixada do país asiático.

Fruto de uma parceria entre a Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (ADEPOL/BR) com a Embaixada da China. O evento também reuniu representantes de outros países, como Uruguai, Cuba, El Salvador, Venezuela e Granada. Entre os temas debatidos estava a inteligência artificial e a ferramentas tecnológicas de proteção a sistemas essenciais do país, que também são aplicados na Segurança Pública.

Outros cinco delegados brasileiros dos Estados de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Tocantins e do Distrito Federal estiveram no seminário. As despesas da delegação brasileira — incluindo passagens aéreas, hospedagem e alimentação — foram custeadas pela embaixada chinesa. Os participantes ficaram alojados em Pequim em um prédio do Ministério da Agricultura da China, estruturado para receber comitivas estrangeiras e equipado com refeitório e salas de aula. Além da capital chinesa, as delegações estiveram nas cidades de Wuhan e Xi’an onde continuaram as instruções e visitas técnicas.

Houve, ainda, a participação no Fórum China-CELAC que reuniu os chefes de Estado da China, América Latina e Caribe, além de outras autoridades dos vários países.

O delegado Gabriel Nogueira destacou que o evento está alinhado com a importância de manter um ambiente seguro também na internet. “A China entende que não há segurança nacional sem segurança no ciberespaço. Por isso, o país promove anualmente um seminário internacional com países da América Latina para discutir a construção de um ciberespaço compartilhado”, ressaltou.

Dentre os temas debatidos no evento, estiveram a segurança do ciberespaço, nomas para regulamentação, proteção a infraestruturas críticas, inteligência artificial , dentre outros. “Discutimos a proteção de infraestruturas críticas, como transporte, energia, sistema de justiça e plataformas digitais”, destacou o delegado.

Diante da complexidade dos temas inerentes à segurança no ambiente virtual, Gabriel Nogueira ressaltou que é preciso pensar a segurança digital de forma integrada. “A criminalidade cibernética é transnacional, ou seja, um criminoso pode estar na Nova Zelândia e atacar vítimas no Brasil, na China ou em qualquer país da América Latina. Por isso, a resposta precisa ser global. Não adianta pensar em segurança cibernética de forma isolada. O Brasil não é uma ilha. A proteção precisa ser compartilhada entre as nações”, reiterou.

Gabriel Nogueira concluiu ressaltando que a troca de experiências e o conhecimento adquirido junto à China foram essenciais para pensar estratégias de investigação também no Brasil. “A delegação brasileira voltou com um olhar diferente e bastante impressionada com o que encontrou na China, que é um país que combina história milenar e avanço tecnológico, reunindo tradição e inovação. A resposta a crimes cibernéticos na China é organizada, centralizada e com investimento contínuo em tecnologia. Isso mostra como a prevenção e a repressão ao crime digital são levadas a sério”.

Última atualização: 3 de junho de 2025 07:53.

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